20 agosto 2014

MAIS UMA SANÇÃO, SE CALHAR A CULPA TAMBÉM É DA AMA!

Dinheiro para salvar as câmaras deve chegar até meados de setembro
Governo garante já ter dinheiro disponível e diz que só falta as câmaras pedirem-no

Crianças sem transporte para chegar à escola, salários de funcionários municipais por pagar ou água cortada na torneira dos munícipes são cenários que não deverão ocorrer, se as autarquias em situação de bancarrota “se apressarem a entregar os seus pedidos de ajuda”. É o que diz o secretário de Estado da Administração Local.
Mas esse cenário vai continuar a repetir-se caso não se tomem medidas efectivas castigando os autarcas  irresponsáveis e despesistas

6 comentários:

  1. Esperamos pela próxima sessão de câmara ou assembleia para vermos os (ir)responsáveis autárquicos dizerem que nada têm a ver com esta situação, a culpa é da AMA, que tem impedido que a MATA e a PRAIA seja vendida a retalho.

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  2. Alguém pode explicar-me a obra que está a ser realizada numa casa (de 1º andar e com passarinhos azuis na fachada) próximo da Farmácia Carrilho com um cartaz afixado no tapume, com um texto, aparentemente, incongruente em que são simultaneamente proprietários da obra a CM de VRSA e a Associação Mão Amiga?

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  3. NAO TENHO QUALQUER RESPONSABILIDADE NA SITUAÇÃO DO MUNICIPIO:

    entrevista a Jaime Soares que foi presidente da Camara Municipal de Vila Nova de Poiares pelo PSD durante 40 anos (desde 1974 até Outubro de 2013) e que saltou agora para outro tacho na Liga de Bombeiros:


    JORNAL Que razão apresenta para a situação financeira do município?

    JAIME SOARES O município está em dificuldades, como estão muitos. Não queria imiscuir-me naquilo em que já não tenho responsabilidades político-administrativas.

    JORNAL Geriu a câmara durante os últimos 40 anos e a autarquia fala numa dívida 400% superior à receita.

    JAIME SOARES Não é verdade, nem eram possíveis esses valores. Enquanto estive na câmara, enfrentei sempre as situações, sempre fizemos obras e fomos capazes de fazer o que era necessário para o desenvolvimento local e para a qualidade de vida dos cidadãos.

    JORNAL O investimento não teve um custo demasiado elevado?

    JAIME SOARES Se não se tem feito esse investimento, o concelho de Poiares poderia ser extinto, como quiseram por duas vezes. Enquanto estive lá, também nunca tive dinheiro. Se as dívidas reais são de 16 milhões de euros, o património são mais de 50 milhões.

    EU SÓ TENHO PENA DOS FUNCIONÁRIOS DA CAMARA DE POIARES E DAS EMPRESAS MUNICIPAIS , E DOS SEUS FILHOS QUE MAIS TARDE OU MAIS CEDO LHE VAI FALTAR O PAO NA MESA E O LEITE , E

    E APELO AOS AMIGOS DA MATA QUE NÃO DEIXEM OS EMPREGADOS DA CAMARA DE VRSA CAIREM NESSA SITUAÇÃO PORQUE AS PESSOAS NAO MERECEM

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  4. Ao autor do comentário de 27 de Agosto de 2014 às 16:28
    Se bem percebi o seu comentário, o Senhor pretende com a entrevista dada a um jornal por um ex-presidente da C. M. de V. N. de Poiares, dar a conhecer as consequências que uma má gestão autárquica tem, nomeadamente no que aos trabalhadores e suas famílias diz respeito.
    Também eu me preocupo com os reflexos negativos que uma má gestão tem no mundo do trabalho.
    Nesta preocupação estamos do mesmo lado.
    O mesmo não digo do apelo que faz aos Amigos da Mata.
    Este apelo, vindo de um cidadão que no seu comentário não faz uma única referência aos responsáveis pela péssima situação financeira do município, leva-me a concluir que com esse apelo visa unicamente convencer os leitores do blogue, de que a responsabilidade pela péssima situação financeira do município é dos Amigos da Mata, associação que se limita a denunciar aos órgãos judiciais as ilegalidades cometidas pelos gestores autárquicos, o que num Estado de Direito devia ser considerado normal.
    Diz o Senhor que não tem qualquer responsabilidade na situação do município.
    Não ponho em causa que assim seja, mas embora não tenha, como diz, responsabilidade, tem interesse em que essa responsabilidade não seja atribuída aos actuais gestores autárquicos.
    É a conclusão lógica que se tira do facto de, no seu comentário, não ter feito uma única referência aos responsáveis pela péssima situação financeira do município.
    E o Senhor sabe, provavelmente melhor do que eu, que a responsabilidade é totalmente deles.
    Como este comentário já vai longo, convido-o e aos frequentadores deste blogue, a lerem o comentário seguinte, onde dou conhecimento de dados oficiais referentes a parte da dívida da câmara.

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  5. No comentário anterior informei que em novo comentário iria dar a conhecer dados sobre a dívida da câmara. Seguem-se esses dados.
    Considerando apenas informação oficial, a dívida da Câmara em 31 de Dezembro de 2012 era de cerca de 58 milhões de euros. Para o seu pagamento foi contraído um empréstimo através do PAEL e de um grupo de bancos. Isto é, houve apenas uma mudança de credores, pelo que a dívida se mantém.
    A SGU, totalmente pertencente à Câmara, informa na página 17 das Demonstrações Financeiras de 31 de Dezembro de 2013, que tem hipotecados ao BCP os prédios urbanos denominados Parque de Campismo de Monte Gordo, no montante de 24,4 milhões de euros, e “Casa da Câmara”, no montante de 2 milhões e 161 mil e trezentos euros.
    Temos, portanto, oficialmente reconhecida uma dívida de mais de 85 milhões de euros.
    Não esquecer que a SGU pertence totalmente à Câmara, e portanto as dívidas da SGU são também dívidas da Câmara.
    E a situação complicar-se-á se a queixa apresentada pela AMA no Tribunal de VRSA, considerando ilegal a tomada de posse por usucapião do terreno do Parque de Campismo de Monte Gordo, tiver vencimento.
    Para quem conheça a prova documental apresentada pela AMA para provar a ilegalidade, mesmo não tendo formação jurídica, e eu tenho, não terá dúvidas em concluir que a tomada de posse por usucapião, é ilegal.
    Como referi, considerei apenas as dívidas reconhecidas oficialmente, datadas de 31 de Dezembro de 2012.
    Mas não é de surpreender que o total da dívida actual seja bastante superior.
    Para além dos empréstimos contraídos através do PAEL e de um grupo de bancos, na importância de cerca de 58 milhões de euros, destinada ao pagamento das dívidas existentes em 31 de Dezembro de 2012, soubemos esta semana que foi constituído o chamado Fundo de Apoio Municipal (FAM), que ao contrário de outros programas de resgate, será de adesão obrigatória para as autarquias com dívida superior a três vezes a média anual das receitas dos últimos três anos. De acordo com o governo, são 19 as autarquias nesta situação, sendo que a câmara de VRSA, segundo meios de informação social, está incluída neste grupo.
    Nota: o empréstimo concedido pelo FAM impõe condições que acrescentam às do PAEL.
    Esta é, na minha opinião, a prova final da incompetência dos gestores autárquicos deste município.

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  6. Mas qual é a importância deste tema? Importante é fumar um charuto no edifício da Câmara Municipal.

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