01 novembro 2016

Esta notícia é de 21 de Outubro de 2010, e como se vê foi tudo construído. Vamos ver o que se passará com Monte Gordo e o investimento de 200 milhões. Hoje, no Correio da Manhã (passe a publicidade), reportagem sobre VRSA de que recomendamos a leitura da sentença judicial que obriga a autarquia a fazer demolições por violação do PDM.

Entretanto a marginal foi-se degradando e é objecto de muitos apetites especulativos. Existem planos para prolongar o Porto de Recreio até à Rotunda dos Atuns, construções várias ao longo da marginal, subtraindo o Guadiana à população, na prática privatizar o rio é o negócio.
Em 2016 a parte Norte está na mesma ou pior. Reproduzimos parte da posição do Deputado Paulo Sá sobre o cais de VRSA pela sua oportunidade e importância.



20 de Outubro de 2016


O «elevado estado de degradação» do cais de Vila Real de Santo António poderá comprometer a viabilidade da empresa que garante a carreira fluvial entre esta cidade do Sotavento e Ayamonte, em Espanha, e «pôr em causa mais de uma dezena de postos de trabalho», alertou o Grupo Parlamentar do PCP.

O deputado comunista eleito pelo Algarve Paulo Sá esteve recentemente em VRSA para visitar o cais fluvial ali existente e diz ter encontrado uma situação preocupante.

«Devido ao desinvestimento ocorrido nos últimos anos nos portos comerciais e de pesca da região algarvia, o cais transfronteiriço, que serve as carreiras fluviais entre Vila Real de Santo António e a localidade espanhola de Ayamonte, atingiu um elevado estado de degradação. Por questão de segurança, o transporte de automóveis foi interrompido em Novembro de 2015 e, mais tarde, em Agosto de 2016, o cais foi também interditado ao transporte de passageiros», referiu o PCP.


Ainda assim, a carreira não deixou de estar ativa, estando a utilizar, como alternativa, um cais vizinho, destinado às empresas marítimo-turísticas, «que foi objeto de uma pequena obra de manutenção de emergência». «Contudo, apesar desta obra, também este cais não apresenta condições adequadas de segurança e comodidade, não permitindo, além disso, o embarque/desembarque de automóveis», dizem os comunistas.

A impossibilidade de usar o cais fluvial tem «provocado sérios prejuízos à Empresa de Transportes do Rio Guadiana, nomeadamente no que diz respeito à impossibilidade de transportar automóveis entre Vila Real de Santo António e Ayamonte».

Além de comprometer a viabilidade desta empresa, as circunstâncias também podem afetar os operadores das embarcações marítimo-turísticas, «já que as carreiras fluviais têm prioridade no acesso ao cais, colocando constrangimentos à operação» destas empresas.

«Por fim, também a Docapesca é prejudicada, já que perde a parte da receita que lhe cabe pelo transporte de automóveis», acrescentou o PCP.

Como se constata loucuras megalómanas dão nisto, uma autarquia acossada por dívidas e pela justiça.
AMA

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