25 setembro 2011

AFINAL PARA QUE SERVEM!

No Jornal do Algarve de 22 de Setembro leio que o PSD Algarve está a preparar um conjunto de conferências, e a primeira realizada agora foi sobre o ordenamento do território e o seu papel no desenvolvimento económico, e presidida pelo Luís Gomes.
Foi há dias em Mérida um congresso, dentro de dias outro congresso sobre o iluminismo, agora esta conferência, e fico um pouco perplexo, eu que nada tenho contra congressos, conferências, seminários, debates, encontros, palestras ou o que quiserem chamar às formas como as pessoas se reúnem para discutir ou falar sobre temas ou assuntos.
Perplexo dado que não vejo resultados palpáveis de tanta azáfama, e pergunto - afinal o que é que andam a discutir e a concluir nestes "trabalhos" se a prática continua a ser totalmente diferente da teoria?
Na conferência referida, diz o jornal, que o Srº Secretário de Estado do Ambiente afirmou que o ordenamento do território é uma arma fundamental para a economia nacional e que se estivesse bem articulada o país poderia ser mais rico do que é actualmente.
Por minha culpa não é, mas que raio por que não está ainda "bem articulada" tal arma?
Nós olhamos à nossa volta e reparamos que o desordenamento é muitas vezes a regra, e não me venham com a cantiga, como foi dito, que é a burocracia que "é uma teia labiríntica tão complexa" que trava o investimento. Quase que agradeço a essa teia, pois se com tantos entraves o resultado é o que se vê, o que seria se tudo fossem facilidades, já não era desordenamento, seria o caos.
Cá para mim o desordenamento beneficia alguém, pois se não desse lucro não seria consentido, e acarinhado como se percebe.
Claro, foram também debatidos os Planos Directores Municipais (PDM), e acusada a outra vez a burocracia pelo atraso na sua aprovação. Fico confuso, é necessário despedir funcionários pois o Estado tem gente a mais, gente é a tal gordura, depois tudo anda devagar por falta de quadros, de técnicos, de fiscais etc., e quando vamos a qualquer repartição a maior parte dos guichets estão fechados e penamos imenso tempo para sermos atendidos.
Penso é que os PDM são uma grande desculpa, são de propósito deixados fora de prazo e depois através de planos de pormenor vão-se fazendo todas as alterações e negociatas e colocando as pessoas perante factos consumados, assim já não há violações do PDM.
Depois podemos colocar hotéis de charme em zonas habitacionais, condomínios de luxo em áreas protegidas, pavilhões cobertos em áreas destinadas ao desporto ao ar livre, e até enfeitar os planos de pormenor com ruas cheias de árvores nas quais não há espaço para tal fim, ou encher de zonas verdes o papel e depois de betão o terreno etc.
Que bonito é fazer congressos!


4 comentários:

  1. Ai tantos congressos e tantas palestras,quem paga são sempre os mesmos e resultados para a comunidade são nulos mas os senhores que organizam aparecem nos jornais e na TV,que giro num pais e numa cidade como a nossa que vai organizar o cogresso das cidades iluministas e o dinheiro para tanta festa a onde está,ou logo se arranja vendendo terrenos a tuta e meia ou subindo os impostos e o preço da factura da agua para pagar os caprichos de quem nos governa.Volta salazar estás perdoado porque está democracia não interessa ao povo portugÊs, só alguns.

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  2. O Marco esqueceu-se de dizer que executivo também quer construir habitação na zona industrial consolidada, isto é, na unica que temos. Enfim, viva a anarquia (corrupção)

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  3. A pessoa que pediu o regresso de um "salazar" para meter isto na ordem das duas uma: ou só viveu em democracia e desconhece a miséria e o sofrimento do tempo do fascismo,ou tem graves falhas de memória e deve ir com urgência ao médico.
    Se viesse um novo "salazar" a primeira coisa que faria era dar mais força à garotada ambiciosa e sem escrúpulos que os partidos apresentaram como candidatos e as pessoas puseram lá com o seu voto. A segunda era fechar blogues como este e meter na prisão os seus autores.
    Precisamos é mais e melhor democracia e não recuar para uma ditadura. Em democracia podemos corrigir as asneiras que se fazem com o voto, criticando, protestando, impedindo que aqueles a quem o povo temporariamente lhes deu poder que abusem dele.
    Isso dá trabalho, e a passividade e comodismo desta sociedade pede então um "salazar" que lhe resolva o problema da parvoíce do seu voto.
    Cuidado, os "salazares" são perigosos, brutais, não admitem críticas e são vingativos.

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  4. "Concordo com o autor do primeiro comentário quando diz que esta democracia não interessa ao povo português.
    Não concordo com ele quando diz "Volta salazar estás perdoado".
    Provavelmente é ainda novo e não viveu o salazarismo, pelo que para mim, se assim for, está perdoado!
    Embora não vivamos em democracia plena , também não vivemos em ditadura. Digamos que vivemos no que eu designo por DEMOCRADURA. Isto é, um regime que não é uma democracia plena mas que também não é uma ditadura".

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