20 setembro 2011

FLORESTAS E JARDINS

Agora que a crise causada pelos irresponsáveis que nos têm governado aperta e de que maneira, empurrando milhões de portugueses da pobreza para a miséria, descobrem o valor da natureza depois de terem assassinado milhares de hectares de matas e zonas de reserva natural ao betão e à especulação dos solos.
Vemos manifestos a favor da promoção da floresta, a recordar que a mesma representa 10% das exportações portuguesas, a salientar a sua importância para o turismo, a economia e para as actividades de lazer.
Assistimos a hoteleiros e comerciantes a pedir que a Reserva Natural do Sapal seja "mais aberta ao turismo".
É possível hoje este súbito amor à natureza e à sua importância económica por ter havido quem se tenha batido pela sua preservação, apesar de caluniados precisamente pelos que agora recorrem a ela procurando o seu generoso amparo.
Basta ver os planos de pormenor que este blogue tem divulgado e criticado, os quais entre outras coisas insistem em fazer novas estradas dentro da Mata Nacional ou na Reserva do Sapal, para certamente abrir caminho a novas urbanizações com consequências desastrosas para o ambiente.
No Jornal do Algarve do dia 15 de Setembro, são postos em haste pública os terrenos do actual Parque de Campismo, que ainda por cima dá lucro à Câmara. O plano de pormenor em questão nem sequer ainda foi aprovado. Neste blogue o assunto já foi referido e explicado que todo este processo é nebuloso e duvidoso quanto à sua legalidade, que começa com uma escritura por usucapião feito num notário do Porto.
Na verdade somos um país que não ama a natureza mas está cheio de "jardins", de buracos nas contas, de prepotentes que tratam dos bens públicos como se fossem seus donos, que gozam com a democracia, que se sentem impunes pois não há lei que puna a violação dos deveres básicos dos eleitos que, infelizmente em muitos casos, são eleitos e reeleitos apesar de se conhecer que são mentirosos, aldrabões e vigarizam os dinheiros públicos.
Temos uma sociedade passiva que tudo aceita, os partidos a nível local estão calados, poucos são os que se atrevem a levantar a voz.

4 comentários:

  1. A má gestão dos dinheiros da nossa terra durante os mandatos do Eng. Luis Gomes levou á hipoteca dos bens da nossa terra e como se vê agora temos que vender um desses terrenos que anda por cima é uma mais valia para a economia do nosso concelho com incidencia na economia de monte gordo a onde os campistas deixam milhares de euros todos os dias nas lojas e cafes de monte gordo.
    Nesta venda tambem o presidente mente aos municipos do concelho porque só iria ser feita esta venda quando o novo parque estivesse em funcionamento.
    Esta venda tambem vem numa má altura economica mas mesmo se o sr. presidente vender por 23 milhoes que é muito dificil de vender 15 milhoes é para pagar a hipoteca que o terreno tem sobram 8 milhoes, 5 milhoes para pagar as aguas do algarve sobram 3 mihoes, 1,3 milhoes para pagar ao consorcio da estaçao elevatoria sobram 1,7 milhoes para pagar os ordenados de outbro e novembro e lá se foi o dinheirinho.

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  2. Aprendi política com um antigo primeiro ministro francês (Mendes France) que dizia que a grandeza da França se devia à oposição, e dizia mais: ai dos países que não tenham uma oposição forte.
    O que vale para um país, digo eu, vale para um município.
    Em VRSA infelizmente, e digo-o com muita pena porque gosto muito desta terra, a oposição não dignifica este estatuto.

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  3. A vinda da Troika abençoada e pedida por Passos Coelho veio criar condições para que o país se livre do cancro que é o Alberto João Jardim, espero que a dívida seja paga pelos madeirenses para eles sentirem na pele aquilo que nós sentimos.
    O Luís Gomes há muito que deve andar sobressaltado, nem tem tempo para ir às reuniões da Câmara, perde o tempo à volta dos seus investidores fantasmas e entretanto vai metendo uns vales por conta do património municipal que se propõe vender em hasta pública.
    A tentativa de venda dos terrenos do parque de campismo está mal contada, quando está em discussão uma proposta de Plano de Pormenor que até pode vir a ser impugnada junto das entidades competentes e isso levaria à continuidade do parque como está. Quem vai investir 23 milhões sem garantias? já sabem quem é? era capaz de apostar com quem está o negócio apalavrado.

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  4. Quando a Troika for analisar o trabalho dos juízes e tomar algumas medidas necessárias para salvar o País da bancarrota e se a ministra da justiça implementar aquilo que diz, muitos autarcas irão ser varridos das câmaras e não será pelo voto, mas que não se esqueçam de fazê-los pagar pela utilização abusiva dos dinheiros dos contribuintes.
    Na madeira os políticos fazem negócios diretamente com as suas empresas, aqui os politicos têm que se contentar com o que lhe dão.

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