31 julho 2009

Pilhas e "pilhões"

Segundo um inquérito realizado em 2008 pela ECOPILHAS, cada casa portuguesa tem, em média, 80 pilhas e baterias.
Em 2008 foram colocadas no mercado 102 milhões de pilhas e só 19 milhões foram recolhidos e reciclados, cerca de 20%. Isto significa que pelo menos 83 milhões de pilhas foram atiradas para o lixo doméstico ou outros locais sem qualquer recolha e tratamento, lixeiras, aterros etc.
As pilhas e as baterias, em geral, convertem energia química em energia eléctrica, e na sua composição entra o cobre, o zinco, óxido de prata, lítio e outros elementos, todos altamente poluentes que largados desta forma na natureza causam danos não só para a saúde da população mas também contaminam as terras e as águas.
Inacreditável mas verdadeiro, Portugal não possui qualquer unidade de reciclagem de pilhas e baterias, e tem enviada as recolhidas para a Áustria e a França.
Pela lei os estabelecimentos que comercializam pilhas devem ter recipientes para recolher as usadas. Sabemos que a maioria das pessoas não se dará ao trabalho de as levar lá, a consciência ambiental ainda é muito fraca.
Deveria existir por todo o lado "pilhões" tal como existem recipientes para a recolha do lixo, de vidro e embalagens, para facilitar a sua recolha. Mas ao percorrermos a cidade nada encontramos. É urgente colmatar esta grave falha. Esperemos que as forças que vão concorrer às autarquias leiam este blog e tomem isto em consideração.

24 julho 2009

FUZILADA A PERSPECTIVA DA NOVA AVENIDA ATRÁS DO TRIBUNAL

Confirmam-se as suspeitas, o protocolo assinado entre a Câmara e a Villaliving para a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados vai ser implantada atrás do Tribunal, onde agora está um parque infantil, uma zona ajardinada e um amplo parqueamento, tudo construído recentemente.
Não se contesta a importância e a necessidade da estrutura, a valorização que a mesma trará à cidade e ao concelho.
O que não se compreende e não se aceita é que os 3.600 m2 disponibilizados pela autarquia para a Villaliving construir venham matar, numa zona nobre da cidade, a perspectiva anunciada com grande pompa e circunstância, de uma nova avenida com duas faixas de rodagem de cada lado, uma placa central ajardinada e arborizada e quatro filas de parqueamento.
É um atentado à valorização da cidade, ao seu embelezamento e enriquecimento do seu património. Constitui uma surpresa bem negativa para os moradores que compraram os seus apartamentos no local em referência, confiados que iriam usufruir de uma avenida e agora terão em frente do nariz um prédio de vários andares na tal placa que seria um jardim.
A implantação da estrutura em causa num local em que já existe um tribunal, um mercado e uma zona de habitação de alta intensidade, eliminando parqueamento, irá afogar uma zona que se previa desafogada e ampla, complicando ainda mais as dificuldades de parqueamento nas manhãs de mercado.
Não existirá outro local para a UCC?
Claro que existe, mas não será talvez do agrado da Villaliving, que se está borrifando para a prevista avenida assassinada, para os moradores e para as complicações de trânsito que irá causar. Negócio é negócio.
Esperemos que a Assembleia Municipal corrija mais esta aberração, e os partidos da oposição acordem da sua letargia.