20 março 2016

21 DE MARÇO, DIA MUNDIAL DA ÁRVORE E DA FLORESTA, DIA MUNDIAL DA POESIA E COMEÇO DA PRIMAVERA



Algumas fotos dos muitos pinheiros e casuarinas plantadas pela AMA na Mata Nacional das Dunas


Velhas Árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas 
Do que as árvores novas, mais amigas:
 
Tanto mais belas quanto mais antigas,
 
Vencedoras da idade e das procelas...
 

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
 
Vivem, livres de fomes e fadigas;
 
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
 
E os amores das aves tagarelas.
 

Não choremos, amigo, a mocidade!
 
Envelheçamos rindo! envelheçamos
 
Como as árvores fortes envelhecem:
 

Na glória da alegria e da bondade,
 
Agasalhando os pássaros nos ramos,
 
Dando sombra e consolo aos que padecem!
 

Olavo Bilac, in "Poesias"
 

17 março 2016

ENCONTRO DA AMA COM A DNFA


Plantada há 10 anos na Escola D. José I pela AMA, esta Oliveira já está uma rapariguinha.



No dia 15 de Março elementos da AMA, a seu pedido,  estiveram reunidos no Centro de Educação Ambiental de Marim com a Direcção do Departamento da Natureza e Florestas do Algarve.
Foi uma reunião na qual a AMA teve oportunidade para expressar de viva voz as suas preocupações sobre a Mata Nacional das Dunas de VRSA, sobre a sua manutenção e limpeza e, designadamente, sobre violações do PDM e as pressões urbanísticas a que tem sido sujeita e continua sujeita como neste Blogue temos denunciado.
A Mata já perdeu um terço da sua área, foi plantada pelo homem nos séculos XIX e XX, numa visão ambiental moderna e progressista para a época. Hoje, no secº. XXI, é o mesmo homem com uma visão de ganância e lucro que a pretende privatizar e vender a retalho para fins especulativos e pagamento de dívidas por incompetência gestionária.
A Direcção do DNFA prestou algumas informações sobre a sua actividade, os meios humanos e orçamentais escassos que dispõe, assim como sobre os processos crimes que a AMA participou  a várias entidades sobre o que considera ilegalidades e utilização fraudulenta de usucapião.
A DNFA tem neste momento em elaboração um Plano de Gestão da Mata Nacional das Dunas que após a fase de elaboração irá dar a conhecer publicamente para ser debatido.
Entretanto saiu hoje, dia 16 de Março, uma entrevista ao Ministro do Ambiente da qual publicamos partes.

Como se resolve o problema do défice de inspectores, que são partilhados entre o ambiente e a agricultura?
Admitimos recentemente 16 novos inspectores, boa parte deles na área do ambiente. Além disso, como a fiscalização no domínio do ambiente é exercida por diversas entidades, estamos a articular essas mesmas entidades. Acredito que, com os recursos que temos, conseguimos ter um avanço muito grande na capacidade inspectiva, com um enfoque muito grande no rio Tejo, onde havia uma certa sensação de impunidade resultante de processos inspectivos que não foram concluídos. Já fizemos 112 inspecções, tenho controlado esse processo muito de perto e vejo grande motivação para fazer mais e ser mais consequente na acção.

Nota: é bom mais 16 inspectores mas dada a malandragem que por aí anda a delapidar o ambiente talvez 1600 ainda fossem poucos.

A privatização do sector das águas está afastada?
A privatização do sector das águas ao nível dos sistemas em alta é um cenário que não existe, nem a concessão a privados. Aquilo que poderá acontecer é as autarquias, no âmbito do que é o seu mandato político, poderem fazer esses contratos de concessão. Fazia parte do programa do Governo auxiliar as autarquias a reverem os seus contratos de concessão de primeira geração e neste momento o presidente da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos já está a fazer esse trabalho com muitas autarquias, porque alguns desses contratos trouxeram muito mais consequências negativas do que positivas.
Nota: fazemos votos que tal impeça VRSA de privatizar a água e que seja impedida a privatização das redes de esgotos e águas residuais após terem sido remodeladas com dinheiros públicos e comunitários.






15 março 2016