15 janeiro 2016

A ÁGUA NÃO LAVA TUDO


Como amigos do ambiente não podemos deixar passar em claro um grave problema que aconteceu no Concelho no final do ano de 2015, o qual foi aprovado numa reunião extraordinária da Assembleia Municipal em 28 de Dezembro com os votos do PSD/PPD, aproveitando o facto de que entre o Natal e o Ano Novo as pessoas estarem concentradas na vida familiar.

Com a desculpa de obter verbas para pagar as dívidas que causou na autarquia e que atribui a culpa a outros, o Srº Luís Gomes e o seu partido deu a privados a concessão da água e dos esgotos por 30 anos, com consequências graves para a população e o seu futuro.

A água é um bem essencial à vida, não pode ser objecto de negociatas à procura do lucro. Fizeram dívida e para pagar aumentarão o preço da água à população sem quaisquer remorsos e na mais completa indiferença. A água é fundamental para a higiene e a saúde familiar e pública, para a manutenção das zonas verdes. Negociar com a água é inadmissível, uma autarquia não tem o direito de vender a água que é um bem público para ser especulada por privados. Consideramos isso um crime da maior gravidade, o qual ainda por cima é gabado de forma egoísta pelo Srº Luís Gomes como uma operação financeira de sucesso.

No governo e na autarquia VRSA a receita da direita PSD/PPD foi a mesma, a aplicação da política  neoliberal  contra os interesses populares. O governo herdou dívida do PS/Sócrates e agravou a mesma, hoje devemos muito mais do que em 2011, e com a desculpa de ter de a pagar atacou a saúde, a escola pública, diminui salários e pensões e vendeu a privados as empresas públicas, cuja última e ilegal venda foi a TAP. O Srº Luís Gomes e o seu partido seguiu o mesmo caminho em VRSA, herdou dívida do PS/Murta à volta  de 8 milhões, aumentou a mesma cerca de 20 vezes, e com choradinho e culpando os outros agravou todas as taxas municipais para o máximo, inventou parqueamentos desnecessários, e vendeu agora os resíduos sólidos e a água a privados e gastou milhões em projectos que nunca foram concretizados (ainda bem dizemos nós).

Lamentamos que este grave atentado à vida dos cidadãos deste concelho passe em silêncio sem denúncia pública forte da oposição que se limita ao formalismo da votação, e a omissão cúmplice dos órgãos de comunicação social.

A AMA não deixará de continuar a pugnar contra mais esta situação que considera condenável e injusta.

02 janeiro 2016

FALA O MOÇO DE VILA REAL

NOTA: POR MOTIVOS TÉCNICOS FOI RETIRADA A MENSAGEM SOBRE O RELATÓRIO DA DGAL QUE ANALISA AS CONTAS DA CÂMARA DE VRSA QUE AQUI ESTEVE EXPOSTO. VOLTARÁ EM BREVE APÓS RESOLUÇÃO DO PROBLEMA DO "LINK" QUE NÃO ESTAVA A FUNCIONAR CORRECTAMENTE.
PROBLEMA RESOLVIDO, NO FINAL DO TEXTO DO MOÇO DE VILA REAL PODE LER TODO O DOCUMENTO DA DGAL.

EM CONTRAPARTIDA TEMOS A ANÁLISE DAS CONTAS PELO MOÇO DE VILA REAL, SEMPRE OPORTUNA E CONTUNDENTE.


A Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) na sua análise aos documentos previsionais do município de VRSA, para 2016, vem confirmar todos os argumentos aqui expostos, nas minhas análises anteriores, sobre a situação financeira da autarquia.



A atual equipa deste município assume-se como um caso de estudo pelas piores razões, “continuada violação das metas previstas, das obrigações assumidas e até de diferentes Leis do Orçamento do Estado” são as frase repetidas pela DGAL onde identifica, ainda, “um aumento expressivo dos montantes em dívida e dos pagamentos em atraso”.



A fiscalização das autoridades há muito que deveria ter atuado em VRSA.



Como é possível que o voto dos munícipes seja transformado numa autorização ilimitada à incompetência, desorganização e irresponsabilidade? 



Vamos assistir, por certo, em 2016 a uma venda de património a toda a velocidade para angariação das verbas necessárias para cobrir as exigências criadas pela “monumental dívida” acumulada pela atual equipa (amortização de empréstimos e juros) e, ainda, “esconder a asneira” de gestão que foi a criação da SGU-VRSA.



O volume de juros supera, em 2016, os SEIS milhões de euros.



Existem, ainda, riscos potenciais de um agravamento da situação financeira da autarquia. O relatório aponta para 44 situações de crédito não reconhecido que totalizam quase 5 milhões de euros. 



Falta, ainda, a esta equipa a capacidade de transparência democrática das suas decisões não promovendo o debate de opiniões tão saudável na construção de soluções. Tem preferido usar o silêncio nas palavras e propagado o “milagre da multiplicação dos cartazes autoelogiosos”.



O prémio de “autarquia familiarmente responsável” é entregue depois da resposta a um inquérito composto por vinte critérios subjetivos (exemplos: “Quase não existem problemas relacionados com o stress dos funcionários” ou “não há falta de empenho nem de iniciativa dos funcionários da Câmara), sem que nenhum desses critérios assuma a responsabilidade de equilíbrio financeiro é, por si mesmo, uma irresponsabilidade da Associação que o atribuiu!



Tem sido essa necessidade conjuntural de exposição pública que levou esta autarquia a uma situação de desequilíbrio estrutural. Muita imagem e quase nenhum conteúdo!



O documento da DGAL tem 24 páginas. Boa leitura!





Moço de Vila Real

1 de Janeiro de 2016

SUGESTÃO: LEIA O COMENTÁRIO QUE O MOÇO DE VILA REAL ACRESCENTOU SOBRE UMA SITUAÇÃO ACTUAL.