20 novembro 2018

AOS COSTUMES DISSE NADA

O público tentando ontem (19/11/18) ouvir o que se passava na Assembleia Municipal.

E AS CONTAS CONTINUAM POR FAZER

No dia 19 de Novembro de 2018 a dívida da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António estava em debate na Assembleia Municipal convocada expressamente para o efeito.
Classificada como uma das quatro piores gestões autárquicas das 308 câmaras do país por organismos centrais, o que revela com evidência por si só da incapacidade e irresponsabilidade danosa da gestão Luís Gomes/São Cabrita/PSD/PPD, punitiva da população do concelho e que exige há muito a sua demissão  para se encontrar uma alternativa democrática, competente e honesta.
Pois nesse dia era metida nas caixas de correio mais uma publicação de propaganda enganosa, em bom papel, da Dona São Cabrita a informar que o "controlo orçamental, o rigor e a transparência vão ser o principal desígnio  do nosso mandato para os próximos três anos". Esqueceu-se de informar que o FAM controla presentemente as contas camarárias e que nestes últimos 12 anos já prometeram não sei quantas vezes que "agora" é que iria haver "rigoroso plano de controlo orçamental".
É aterrador pensar que tal incompetência ainda poderá ficar mais três anos a arruinar o Concelho.
Regressando à Assembleia Municipal a primeira constatação foi de que estava organizada para impedir a presença dos munícipes. Era evidente que o fim para que a assembleia tinha sido convocada suscitaria o interesse de dezenas de pessoas pelo que seria de esperar que medidas tivessem sido tomadas para que os cidadãos presentes pudessem ver e ouvir o debate.
A sala da Biblioteca Municipal estava literalmente ocupada pela mesa e membros da assembleia. Poucos foram os cidadãos que conseguiram lá entrar. Ficaram no vestíbulo da Biblioteca dezenas em pé, sem som, escutando a espaços o que lá se dizia.
Perguntamos qual a razão para não transferirem a reunião para o Centro Cultural António Aleixo, por exemplo? Para já não falar no famoso "multiusos" de jantarada do PSD/PPD e que custou seis milhões de euros?
Sobre a dívida propriamente dita propomos uma simples operação aritmética,
12 vezes a contribuição do Estado para o orçamento camarário, apontando para baixo, uns 30 milhões anuais dá : 12x30=360 milhões.
Juntam-se os 150 milhões de dívida (informação da Dona São Cabrita ao Jornal do Algarve) dá: 360+150=510 milhões
Continuando a somar temos os milhões da contribuição da UE para os esgotos, mais os milhões do empréstimo do BEI para recuperação do Hotel Guadiana, mais as receitas próprias da autarquia durante 12 anos (taxas etc.), não andaremos longe dos 550 milhões.
Como diria o Chabilhita, as contas estão certas, mas onde está o dinheiro?
Parece que a Assembleia Municipal extraordinária não obteve resposta para isto.
Expectativa falhada, era evidente que os acusados tudo fariam para fugir ao interrogatório. Resta a esperança que a auditoria pedida à Inspecção-Geral de Finanças por um grupo de cidadãos venha finalmente por o preto no branco.

AMA