30 março 2017

Y-ESSE


"Naqueles dias apareceu um edito de César Augusto, ordenando o recenseamento de todo o mundo habitado. Esse recenseamento foi o primeiro enquanto Quirino era Governador da Síria.  E todos iam-se alistar, cada um na própria cidade. Também José subiu da cidade de Nazaré na Galileia para a Judeia, na cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da família de David, para se inscrever com Maria, sua esposa, que estava grávida".
É sobejamente conhecida a minha discordância na implementação dos parqueamentos pagos na nossa Cidade, que tivemos que “engolir” por decisão democraticamente imposta pela maioria autárquica.
A passagem bíblica inicialmente citada veio-me em mente perante uma “imposição” da ESSE, solicitando a presença de todos os residentes na Cidade, proprietários de viaturas e residentes nas áreas de parqueamento pago. A ordem é taxativa: “Todos os cidadão atrás referidos devem dirigir-se aos escritórios da ESSE para “actualizarem os seus dados pessoais”. Atenção: Não só aqueles cujos dados possam ter sofrido alterações, mas TODOS! E todos aqueles que não cumpriram a solicitação deparam com um aviso de pagamento de 6,00€, afixado no pára-brisas da sua viatura. E aqueles que se deslocam à ESSE para serem esclarecidos sobre o insólito aviso, são informados que “foi só um aviso para actualizarem os dados e não têm nada que pagar”.
Eu, cujo único dado pessoal que alterou em relação ao ano passado é de ser um ano mais velho, estou desejando “de ser avisado”.
¿Mas será de caso que ninguém nos protege destes abuso dignos de um César Augusto, e que tenhamos sempre que dizer Y-E$SSE?

Luigi Rolla

27 março 2017

SÓ CONVERSA

SÓ CONVERSA
Estamos a assistir ao assalto final aos bens patrimoniais do Concelho de Vila Real de Santo António.
As eleições autárquicas serão certamente em Outubro, faltam seis meses mais dia menos dia, e após tantas promessas de negócios fabulosos com investimentos de centenas de milhões, 5 planos de pormenor com hotéis de 5 estrelas e de charme por todo o lado, visitas ao estrangeiro e muita publicidade enganosa, resta uma dívida colossal como diria o ex-ministro Gaspar, obras inacabadas, privatizações lesivas dos interesses da população e dos trabalhadores camarários, e pressa, muita pressa para entregar algumas áreas camarárias ao sector privado.
Destruir equipamentos e não os melhorar, abater árvores e eliminar zonas verdes são os últimos planos conhecidos. A conversa é sempre a mesma, "investimentos estruturantes", criação de "postos de trabalho" etc.
Agora, para justificar a destruição em vista de parte substancial do complexo desportivo descobrem que Vila Real necessita de "novas áreas de expansão urbana" e, para tal, é necessário a "reclassificação de solo rústico em solo urbano", face à "estimativa de crescimento demográfico deste concelho". Quem fez a estimativa?
Sentido de humor não falta, capacidade inventiva para contar anedotas também não. A câmara faz planos, os terrenos valorizam e,
 está claro, para uma melhor "concertação entre o interesse público e privado".
Em Vila Real e no concelho não faltam áreas industriais abandonadas, em particular na Avª da República, em zona nobre com o rio Guadiana à janela. Por essa Europa uma cidade que tenha um rio é aproveitado ao máximo como factor de valorização.
Para quê então ir destruir campos de ténis e de jogos para meter lá um supermercado Modelo e um hotel muito estrelado por 30 anos? Qual a utilidade de diminuir a área desportiva quando tanto se gaba a dita como uma das melhores a nível nacional?
Esta operação urbanística que no nosso entender está ferida de ilegalidades e violadora do PDM não será o pretexto para justificar a "necessidade" de avançar pela Mata Nacional das Dunas dentro?
 (ver mapa 1 com as zonas abandonadas ou "vazias" de VRSA, que poderiam e deveriam ter preferência na ocupação de solos. Os PP são as áreas dos planos de pormenor anunciados várias vezes anos e anos a fio e que não saíram do papel. Quanto custaram?)


Aliás temos aí o Parque Aventura a dar-nos razão (ver mapa 2).


Mapa 1

Mapa 2

Afirmou o Srº Luís Gomes no comício-jantar de apresentação da vereadora a candidata à presidência camarária : "ao contrário do que alguns dizem, o município não está falido". Será!, então qual a razão dos programas que foi obrigado a aceitar para resolver problemas de dívidas a fornecedores etc...?
Parece que as contas não lhe correm bem, por exemplo as da SGU referentes a 2016 apresentam saldo negativo de mais de um milhão.
Ora vejam:


AMA