SÓ CONVERSA
Estamos a assistir ao assalto final aos
bens patrimoniais do Concelho de Vila Real de Santo António.
As eleições autárquicas serão certamente
em Outubro, faltam seis meses mais dia menos dia, e após tantas promessas de
negócios fabulosos com investimentos de centenas de milhões, 5 planos de
pormenor com hotéis de 5 estrelas e de charme
por todo o lado, visitas ao estrangeiro e muita publicidade enganosa, resta
uma dívida colossal como diria o ex-ministro Gaspar, obras inacabadas,
privatizações lesivas dos interesses da população e dos trabalhadores
camarários, e pressa, muita pressa para entregar algumas áreas camarárias ao
sector privado.
Destruir equipamentos e não os melhorar,
abater árvores e eliminar zonas verdes são os últimos planos conhecidos. A
conversa é sempre a mesma, "investimentos estruturantes", criação de
"postos de trabalho" etc.
Agora, para justificar a destruição em
vista de parte substancial do complexo desportivo descobrem que Vila Real
necessita de "novas áreas de expansão urbana" e, para tal, é
necessário a "reclassificação de solo rústico em solo urbano", face à
"estimativa de crescimento demográfico deste concelho". Quem fez a
estimativa?
Sentido de humor não falta, capacidade
inventiva para contar anedotas também não. A câmara faz planos, os terrenos
valorizam e,
está claro, para uma melhor "concertação
entre o interesse público e privado".
Em Vila Real e no concelho não faltam
áreas industriais abandonadas, em particular na Avª da República, em zona nobre
com o rio Guadiana à janela. Por essa Europa uma cidade que tenha um rio é
aproveitado ao máximo como factor de valorização.
Para quê então ir destruir campos de
ténis e de jogos para meter lá um supermercado Modelo e um hotel muito
estrelado por 30 anos? Qual a utilidade de diminuir a área desportiva quando
tanto se gaba a dita como uma das melhores a nível nacional?
Esta operação urbanística que no nosso
entender está ferida de ilegalidades e violadora do PDM não será o pretexto
para justificar a "necessidade" de avançar pela Mata Nacional das
Dunas dentro?
(ver mapa 1 com as zonas abandonadas ou
"vazias" de VRSA, que poderiam e deveriam ter preferência na ocupação
de solos. Os PP são as áreas dos planos de pormenor anunciados várias vezes
anos e anos a fio e que não saíram do papel. Quanto custaram?)
Aliás temos aí o Parque Aventura a
dar-nos razão (ver mapa 2).
Mapa 1
Mapa 2
Afirmou o Srº Luís Gomes no
comício-jantar de apresentação da vereadora a candidata à presidência camarária
: "ao contrário do que alguns dizem, o município não está falido".
Será!, então qual a razão dos programas que foi obrigado a aceitar para
resolver problemas de dívidas a fornecedores etc...?
Parece que as contas não lhe correm bem,
por exemplo as da SGU referentes a 2016 apresentam saldo negativo de mais de um
milhão.
Ora vejam:
AMA
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