O público tentando ontem (19/11/18) ouvir o que se passava na Assembleia Municipal.
E AS CONTAS CONTINUAM POR FAZER
No dia 19 de Novembro de 2018 a dívida da Câmara
Municipal de Vila Real de Santo António estava em debate na Assembleia
Municipal convocada expressamente para o efeito.
Classificada como uma das quatro piores gestões
autárquicas das 308 câmaras do país por organismos centrais, o que revela com
evidência por si só da incapacidade e irresponsabilidade danosa da gestão Luís
Gomes/São Cabrita/PSD/PPD, punitiva da população do concelho e que exige há
muito a sua demissão para se encontrar
uma alternativa democrática, competente e honesta.
Pois nesse dia era metida nas caixas de correio mais
uma publicação de propaganda enganosa, em bom papel, da Dona São Cabrita a
informar que o "controlo orçamental, o rigor e a transparência vão ser o
principal desígnio do nosso mandato para
os próximos três anos". Esqueceu-se de informar que o FAM controla
presentemente as contas camarárias e que nestes últimos 12 anos já prometeram
não sei quantas vezes que "agora" é que iria haver "rigoroso
plano de controlo orçamental".
É aterrador pensar que tal incompetência ainda poderá
ficar mais três anos a arruinar o Concelho.
Regressando à Assembleia Municipal a primeira
constatação foi de que estava organizada para impedir a presença dos munícipes.
Era evidente que o fim para que a assembleia tinha sido convocada suscitaria o
interesse de dezenas de pessoas pelo que seria de esperar que medidas tivessem
sido tomadas para que os cidadãos presentes pudessem ver e ouvir o debate.
A sala da Biblioteca Municipal estava literalmente
ocupada pela mesa e membros da assembleia. Poucos foram os cidadãos que
conseguiram lá entrar. Ficaram no vestíbulo da Biblioteca dezenas em pé, sem
som, escutando a espaços o que lá se dizia.
Perguntamos qual a razão para não transferirem a
reunião para o Centro Cultural António Aleixo, por exemplo? Para já não falar
no famoso "multiusos" de jantarada do PSD/PPD e que custou seis
milhões de euros?
Sobre a dívida propriamente dita propomos uma simples
operação aritmética,
12 vezes a contribuição do Estado para o orçamento
camarário, apontando para baixo, uns 30 milhões anuais dá : 12x30=360 milhões.
Juntam-se os 150 milhões de dívida (informação da Dona
São Cabrita ao Jornal do Algarve) dá: 360+150=510 milhões
Continuando a somar temos os milhões da contribuição
da UE para os esgotos, mais os milhões do empréstimo do BEI para recuperação do
Hotel Guadiana, mais as receitas próprias da autarquia durante 12 anos (taxas
etc.), não andaremos longe dos 550 milhões.
Como diria o Chabilhita, as contas estão certas, mas
onde está o dinheiro?
Parece que a Assembleia Municipal extraordinária não
obteve resposta para isto.
Expectativa falhada, era evidente que os acusados tudo
fariam para fugir ao interrogatório. Resta a esperança que a auditoria pedida à
Inspecção-Geral de Finanças por um grupo de cidadãos venha finalmente por o
preto no branco.
AMA
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