Pelo seu interesse divulgamos a carta do nosso associado, Srº Tavares Rombo, ao Jornal O Postal.
Assunto: Câmaras fecham 2011 com 567 milhões de dívida
Na edição de 24 de Fevereiro de 2012 publica o jornal de que V. Ex.ª é director, uma notícia sobre as dívidas das autarquias algarvias, suportada em dados a que o POSTAL teve acesso, remetidos pelas próprias autarquias à Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), presidida por Macário Correia.
Com relação ao concelho de Vila Real de Santo António (a situação dos restantes não conheço) é público que a dívida é muito superior à referida na notícia.
Fala-se que seja superior a 100 milhões de euros.
Ainda não há muito tempo a oposição referia este valor de 100 milhões de euros como sendo o valor da dívida da Câmara, respondendo o seu presidente que a dívida era de 50 milhões de euros, dos quais 30 milhões eram herança da administração socialista.
Retorquiu a oposição mantendo o valor dos 100 milhões e que o presidente não está a considerar a dívida da empresa municipal SGU (Sociedade de Gestão Urbana).
Ora na reunião extraordinária da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, realizada em 21 de Abril de 2011, foi aprovado o “PLANO DE RESPONSABILIDADE GERACIONAL, CONSUBSTANCIADO NUM PLANO DE SANEAMENTO FINANCEIRO DO MUNICÍPIO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO”, e que na respectiva acta se diz que “este cenário leva a que o actual executivo entenda que não há outra solução que não passe por um empréstimo de 50,8 milhões de euros, a ser utilizado para pagar as dívidas de curto prazo”.
E no Observatório do Algarve de 04-05-2011 em notícia intitulada: ”Vila Real de Santo António: dívida superior a 50 milhões leva a plano de saneamento financeiro”, informa-se e reproduzo:
“ Há 50,8 milhões de dívidas de curto prazo na autarquia e 52,3 milhões de euros na SGU, Empresa Municipal. Câmara fez aprovar na Assembleia Municipal Plano de Saneamento financeiro, visando empréstimo bancário de 50 milhões. Segurança social em atraso”.
E continua:
“Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António confirmou ao Observatório do Algarve que a câmara vai aplicar um “plano de saneamento financeiro””.
Estamos, pois, em presença de dados que não coincidem, sendo que os referidos na acta da reunião extraordinária acima referida e confirmados pelo Observatório do Algarve, são credíveis e como são muito superiores aos fornecidos pela AMAL, referentes ao concelho de Vila Real de Santo António, a conclusão a tirar é a de que os fornecidos pela AMAL não são credíveis.
E sendo assim o jornal de que V.ª Ex.ª é director acabou por, involuntariamente, dar uma notícia que não corresponde à verdade.
A bem da verdade e da credibilidade do POSTAL, sugiro que V. Ex.ª confronte a AMAL com os dados constantes na acta referida e no Observatório do Algarve, e informe os leitores do resultado desse confronto.
Com os meus respeitosos cumprimentos.