Em tempos de crise é reconfortante saber que vivemos num concelho rico onde não se olha aos tostões para sermos, sempre, os melhores, ou os maiores, a gastar em festas e animação.
O único senão é que o dinheiro que se gasta e desaparece rapidamente, é dinheiro que mais tarde ou mais cedo fará falta noutras áreas, provavelmente de maior utilidade.
“Carnaval milionário” é o título que a revista Visão aplica na última edição de 12 de Março para os 20 mil euros que Rita pereira veio ganhar como rainha do corso de Vila Real de Santo António.
Mas não foi só a artista de telenovelas que facturou bem. A empresa Estratégia cobrou 55.073,70€ pela prestação de serviços para “contratação da Rainha do Carnaval, actuação de banda no Trio Eléctrico, comunicação do evento em diversos meios e aluguer do Trio Eléctrico para o Carnaval do Município de Vila Real de Santo António”.
Mas a música não ficou apenas por aí. O “aluguer de som” para o Carnaval custou ainda mais 24.700€, serviço prestado por uma empresa local.
O aluguer da tenda montada na Praça Marquês de Pombal por outra empresa local custou apenas 24.750€, uma bagatela.
Reconhecemos que temos alguma dificuldade em contar tanto euro. Pela moeda antiga estas pequenas despesas somam cerca de 20 mil contos. A construção dos carros andou perto dos 30 mil contos, pagos pela empresa municipal SGU. No total lá foram mais 50 mil contos para animação.
Os cofres da autarquia de Vila Real de Santo António parecem não ter fundo.
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