Entretanto a marginal foi-se degradando e é objecto de muitos apetites especulativos. Existem planos para prolongar o Porto de Recreio até à Rotunda dos Atuns, construções várias ao longo da marginal, subtraindo o Guadiana à população, na prática privatizar o rio é o negócio.
Em 2016 a parte Norte está na mesma ou pior. Reproduzimos parte da posição do Deputado Paulo Sá sobre o cais de VRSA pela sua oportunidade e importância.
20 de Outubro de 2016
O «elevado estado de degradação» do cais de Vila Real de Santo António poderá comprometer a viabilidade da empresa que garante a carreira fluvial entre esta cidade do Sotavento e Ayamonte, em Espanha, e «pôr em causa mais de uma dezena de postos de trabalho», alertou o Grupo Parlamentar do PCP.
O deputado comunista eleito pelo Algarve Paulo Sá esteve recentemente em VRSA para visitar o cais fluvial ali existente e diz ter encontrado uma situação preocupante.
«Devido ao desinvestimento ocorrido nos últimos anos nos portos comerciais e de pesca da região algarvia, o cais transfronteiriço, que serve as carreiras fluviais entre Vila Real de Santo António e a localidade espanhola de Ayamonte, atingiu um elevado estado de degradação. Por questão de segurança, o transporte de automóveis foi interrompido em Novembro de 2015 e, mais tarde, em Agosto de 2016, o cais foi também interditado ao transporte de passageiros», referiu o PCP.
Ainda assim, a
carreira não deixou de estar ativa, estando a utilizar, como alternativa, um
cais vizinho, destinado às empresas marítimo-turísticas, «que foi objeto de uma
pequena obra de manutenção de emergência». «Contudo, apesar desta obra, também
este cais não apresenta condições adequadas de segurança e comodidade, não
permitindo, além disso, o embarque/desembarque de automóveis», dizem os
comunistas.
A impossibilidade de
usar o cais fluvial tem «provocado sérios prejuízos à Empresa de Transportes do
Rio Guadiana, nomeadamente no que diz respeito à impossibilidade de transportar
automóveis entre Vila Real de Santo António e Ayamonte».
Além de comprometer a
viabilidade desta empresa, as circunstâncias também podem afetar os operadores
das embarcações marítimo-turísticas, «já que as carreiras fluviais têm
prioridade no acesso ao cais, colocando constrangimentos à operação» destas
empresas.
«Por fim, também a
Docapesca é prejudicada, já que perde a parte da receita que lhe cabe pelo
transporte de automóveis», acrescentou o PCP.
Como se constata loucuras megalómanas dão nisto, uma autarquia acossada por dívidas e pela justiça.
AMA
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