04 julho 2018

PATRIMÓNIO ELÁSTICO





Mais uma vez durante o debate realizado na Assembleia Municipal sobre as propostas para aprovação de uma auditoria se afirmou que a autarquia tinha um património de 240 milhões de euros.
Claro que foi recusada a auditoria à situação económica e financeira do município que tudo somado tem uma dívida superior a 150 milhões de euros segundo a sua presidente.
Percebe-se o pavor dos PSD, tudo tem de ser abafado para não se esclarecer como foi possível dívida tão astronómica num pequeno concelho de 20.000 habitantes.
Regressando à questão do património municipal e do seu valor que tem subido e descido ao longo dos anos, foram feitas declarações publicadas em  jornais que vão desde 80 milhões até aos 240 agora publicitados. Recordamos por exemplo que no dia 21 de Abril de 2017 dizia o ex- presidente Luís Gomes/PSD ao Jornal do Algarve, responsável pelo descalabro da situação económica e financeira da autarquia, que o património municipal tinha aumentado em 17 milhões sendo na altura de 142 milhões de euros.
Perante isto não podemos deixar de fazer algumas considerações. A primeira é de que o património municipal não é propriedade do PSD nem de nenhum outro partido, pertence aos vila-realenses. A segunda é para recordar que os eleitos foram votados para defenderem esse património e os interesses da população do concelho. A terceira é de que uma gestão autárquica desastrosa, ruinosa e incompetente como a que sofremos há 12 anos, não pode "alienar património" como projecto para o concelho como afirmou a Srª São a jornais, para tapar a dívida que fabricou.
Seria duplamente penalizador e castigo injusto para o Concelho ficar sem património e com a dívida, pois não acreditamos nem no valor dos 240 milhões propagandeado nem que a venda ou privatização (a 30 anos como é hábito da casa) do património consiga tapar o buraco.
Mas se tal património existe temos o direito de conhecer tudo, tintim por tintim, sem excepção, pois a ignorância permite a aldrabice e as bocas conforme a situação.
O nosso património não pode continuar a ser um segredo para uso privado da gestão PSD.
Exige-se que se dê conhecimento aos vila-realenses de qual é a situação do seu património e qual o património que já foi alienado e porquê?
VRSA necessita de uma gestão responsável, honeste, democrática, prudente, que não delapide as suas receitas em favores e compadrios.
AMA

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