17 abril 2011

HABITAÇÃO SOCIAL

COMPETITIVIDADE ECONÓMICA E


HABITAÇÃO SOCIAL NO CONCELHO DE

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO



POSIÇÃO DA AMA SOBRE OS FOGOS CONSTRUÍDOS E FECHADOS



A AMA, face à situação que se arrasta há bastantes meses e que, tudo indica, assim irá continuar, vem públicamente pronunciar-se sobre o assunto.

Encontram-se construídos em regime especial de "custos controlados" e prontos a ser habitados, há mais de um ano, 484 fogos nas freguesias de Vila Real de Santo António e Monte Gordo.

Para terem acesso a uma dessas casas em regime de aluguer ou compra, inscreveram-se na Câmara Municipal mais de 1000 pessoas.

Os blocos habitacionais terão sido construídos em terrenos municipais cedidos pela Câmara a uma Cooperativa de Habitação sediada fora do concelho, a troco da participação desta na construção de um Pavilhão junto à estrada da mata, por detrás da bomba de combustíveis, junto ao complexo desportivo, em termos muito vantajosos economicamente para a referida Cooperativa. Tem havido troca de comunicados entre os partidos da oposição e a Câmara, uns dizem que as casas já deviam ter sido entregues e os outros dizem que já começaram a ser entregues.

As casas foram construídas ao abrigo de regime e facilidades especiais de forma a que o preço final seja substancialmente mais barato que as construções das empresas, as quais não beneficiam dessas regalias/benefícios/isenções.

É suposto que as casas foram construídas para residentes do concelho mais carenciados, e para quem deseje fixar-se cá e necessite de habitação a preços mais baixos que os preços de mercado.

Um projecto desta dimensão não deveria ter sido iniciado sem que tivessem sido feitos os respectivos estudos de viabilidade.

O resultado está à vista, casas prontas e fechadas, pessoas que se sentem enganadas e utilizadas com fins eleitoralistas por politicos em autopromoção. A crise existente tem criado enormes dificuldades às empresas de construção do concelho, crise que será agravada se parte substancial dos 484 fogos estiverem no mercado em pé de igualdade com outros fogos construídos sem benefícios e isenções.

Concluindo: a esmagadora maioria das casas não foram entregues nem é previsível que sejam entregues às pessoas do concelho que delas necessitam, como 1ª habitação, também o mercado imobiliário concelhio será prejudicado e os reflexos negativos no emprego local serão uma realidade.

Tudo isto é lamentavel, denota irresponsabilidade, e a crise não precisa destas "ajudas", não é só a globalização, a banca e o desastre governamental os causadores, também a nível local somos penalizados por políticas que favorecem círculos de interesses e prejudicam os interesses dos contribuintes e das populações, e contrariam o tão apregoado estímulo à competitividade económica do concelho, baseado, parece, nos “descontos” ou seja perdão de 80% nas taxas a pagar pelas urbanizações que não cumpram com a criação obrigatória de zonas verdes e equipamentos colectivos.

Vila Real de Santo António, 15 de Abril de 2011

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