HABITAÇÃO SOCIAL NO CONCELHO DE
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
A AMA, que no seu âmbito tem como objectivo a defesa e promoção do património, não pode continuar indiferente perante uma situação que se arrasta há muitos meses e que tudo indica assim irá continuar.
Encontram-se no momento centenas de habitações construídas e por vender no concelho de VRSA, consequência da crise que afecta o país mas também de uma política errada que concentrou no Turismo e na construção civil o fundamental da actividade económica, sem planificação adequada nem alternativas a actividades extremamente dependentes de conjunturas financeiras e económicas nacionais e europeias. Entre estes fogos por vender salientamos a existência de mais de 400 fogos habitacionais destinados a habitação social nas freguesias de Vila Real de Santo António e Monte Gordo.
Temos agora o paradoxo de casas a mais e de pessoas e famílias a necessitarem de casa e sem condições de compra. A crise dificultou a obtenção de créditos bancários e os salários impossibilitam poupanças que permitam a compra sem recurso ao crédito.
Para terem acesso a uma das casas referida, em regime de aluguer ou compra, inscreveram-se na Câmara Municipal mais de 1000 pessoas. As casas foram construídas no regime especial de “Custos Controlados”. Os blocos habitacionais foram construídos em terrenos municipais cedidos pela Câmara a uma Cooperativa de Habitação em regime de permuta.
As casas foram construídas ao abrigo de regime e de facilidades especiais de forma a que o preço final fosse substancialmente mais barato do que as construídas pelas empresas, as quais não beneficiam dessas regalias/benefícios/isenções.
É suposto que as casas foram construídas para os mais carenciados que necessitam de habitação a preços mais baixos que os preços de mercado.
A crise existente tem criado enormes dificuldades (falências, desemprego, aumento da pobreza etc.) às empresas de construção civil do concelho, empreiteiros, subempreiteiros e trabalhadores em geral, situação agravada com a colocação desses mais de 400 fogos no mercado em pé de igualdade com outros fogos construídos sem benefícios e isenções.
A AMA ao tomar esta posição e ao trazer o problema a debate público o faz, mais uma vez, com a esperança de desbloquear a situação, e nesse sentido, uma solução possível seria a de colocar as 400 no mercado, em regime de aluguer, com um preço considerado justo e adequado, respeitando a lista de inscrições, e de forma a garantir a isenção e a transparência.
Esta iniciativa permitiria, no nosso entender, atenuar o grave problema habitacional de muitas famílias, contribuir para travar a especulação no regime de aluguer, acabar com uma concorrência desleal ao sector da construção civil, e poderia dar uma contribuição positiva à economia local, dado o facto de muitas empresas terem os seus apartamentos por vender.
A AMA dará conhecimento desta sua posição à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, aos partidos políticos sediados no concelho, à empresa construtora, à AECOPS e a outras entidades que consideramos indispensáveis para intervir neste processo, e à comunicação social.
Vila Real de Santo António, 29 de Fevereiro de 2012
Como é possível que a Cãmara tenha cedido/permutado terrenos onde foram construídas 480 casas e não tenha ficado com 150/160 sem quaiquer custos para poder satisfazer algumas/muitas das necessidades habitacionais do concelho, pois a esmagadora maioria nunca irá conseguir obter empréstimo da banca para poder comprar casa.
ResponderEliminarOs nossos autarcas não agiram corretamente em defesa da população do concelho, quando chegar a campanha eleitoral todos prometerão resolver os problemas se ganharem, esta é a triste democracia e democratas que temos.
Srs. Admnistradores do blog estes 2 comentários anteriores e em particular o 2º, são bem elucidativos da porcaria que aqui deixam correr e do alto valor moral que v.exas. tanto evocam - fiquem bem.
ResponderEliminarNota: fico curioso para saber se publicam isto.
A sua curiosidade ficou satisfeita pela adm. do blogue ter publicado a vossa indignação pela revelação da péssima gestão autárquica do PSD no concelho de Vila Real de Santo António. Talvez o sr. seja um dos que fazem parte da equipa responsável pela catástrofe em curso. Os orçamentos das escolas foram inflacionados para obterem uma maior comparticipação da comunidade europeia, o mesmo deve ter acontecido com o pavilhão que está a ser construído na estrada do farol, o custo real deve ter sido multiplicado por 2, pois um pavilhão daquelas não vale 3 milhões, quanto mais os 6 milhões constantes no placard publicitário.
EliminarEm 8 anos os assaltos aos Bancos e Caixas multibanco com recurso diversos que incluiram retroescavadoras, garrafas de gás etc... renderam aos assaltantes cerca de 5 milhões de euros "noticia dada pela televisão".
EliminarO assalto ao BPN rendeu milhares de milhões de euros, uns são assaltantes de vão de escada e outros são assaltantes doutorados, viram bem qual é a vantagem de investir na educação e na sacanagem.
Já agora que estou a falar de milhões que voaram também podemos falar da dívida de mais de 100 milhões da Câmara de VRSAntónio, gastos em quê? Certas verdades incomodam os comentadores do regime, é natural que assim seja.
Mas com mais uma festança e um beberete pagos pelo pagode a festa continua.
Não conheço o teor do contrato que a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, fez com a Cooperativa que construiu em Vila Real e em Monte Gordo mais de 400 apartamentos. Sei que se inscreveram muitas centenas de pessoas, ouvi dizer mais de 1000, as casas estão prontas há muito tempo, estão quase todas vazias, algumas em Monte Gordo já foram compradas por pessoa que não vivem no concelho.
ResponderEliminarAcho que é louvável a iniciativa da Associação AMA que pretende sensibilizar as entidades e partidos, para que seja encontrada uma solução de forma a que as casas sejam habitadas pela população carenciada do concelho, como foi prometido pelo sr. presidente da Câmara o Eng. Luís Gomes.
Mais uma vez outra operação falida a qual vai demonstrar imcompetencia e falta de maturidade se a economia estivesse bem,ao preço que os apartamentos estão a ser vendidos os lisboetas e alentejanos já tinham varrido com tudo mas alguns vilarealenses já compraram para por a render sem dar contas ás finanças, e para ajudar a entupir de automóveis na época balnear monte gordo e seu estacionamento o engraçado é que nunca ouvimos estas coisas na rádio,ás segundas á tarde pois estando tudo comprado não há ordem nem para piar,isto é que vários pensam de forma "diferente",nem tão pouco o desagrado dos bombeiros locais que vivem alguns baixo irritações que já criaram outro blog primo irmão,pois a saturação se vai multiplicando pelo menos há pessoas que não se esqueçêm que ainda se vive em liberdade e que as ameaças sem fundamento de denunciar cidadãos livres do seu direito de opinião são fruto de atraso mental,esperança que segue alimentada por promessas partidárias para nomeaçoes,em cargos publicos que nunca vai talves chegar,uma vez que a concelhia de vrsa do psd,é tratada com desdem por parte da fação central do partido,sabendo estes que tudo isto foi votação artificial,e resultados fora do normal,acrescento ainda que o palpite para as proximas eleções para o PSD no algarve é derrota para o actual presidente e liderança para o deputado mendes bota que é o motor verdadeiro do partido no algarve.
ResponderEliminarMas estavam à espera do quê? Depois de lhes darem 71% dos votos... Para o ano haverá eleições outra vez e espera-se que os munícipes do concelho de VRSA tenham aprendido a lição! Estamos sempre a tempo de mudar e cortar o mal pela raiz!
ResponderEliminarHOJE OU ONTEM FOI DE VIAGEM A CUBA OUTRA VEZ E CONVIDOU MAIS UM AMIGO TUDO COM O NOSSO DINHEIRO!!!PARA ELE DISFRUTAR.
ResponderEliminarO que é estranho é o silêncio dos partidos da oposição, que em mandatos anteriores exerceram a prsidência dados seus eleitores. câmara e da assembleia.
EliminarO Luís Gomes passa mais tempo fora do concelho do que a câmara e nem sempre deve estra a tratar de assuntos de interesse do concelho e da população.
Que Democracia é esta?