11 maio 2012

PARQUE DE CAMPISMO


No nº 1 de 2012, VRSA em Notícia, de Abril, agora a preto e branco sem os luxos de antanho, vem uma coisa curiosa que é a "pergunta ao presidente" acima exposta.
Mais curiosa ainda a resposta dada.
Recordamos que a AMA enviou para as autoridades competentes elementos que, no seu entender, provam que os terrenos do Parque de Campismo são propriedade do Estado e não municipal.
Recordamos também que a CMVRSA se apoderou de tais terrenos através de uma escritura por usucapião feita num notário do Porto ( no Porto?, estranho..., não havia notários mais perto?!...), invocando a sua posse há mais de cinquenta anos e ter perdido ou não encontrado a escritura em que o Estado dera os terrenos à Câmara. Seria a mesma escritura em que o Estado dava à Câmara toda a orla marítima que vai da foz do Guadiana até Monte Gordo?, o que obrigou a Câmara a mais um usucapião, desta vez feito no notário da câmara em VRSA!
Quando o Estado cedeu os terrenos para o Parque de Campismo estabeleceu a condição de que se fosse alterado o uso para que foi cedido os terrenos voltavam à posse do Estado.
Sendo assim a CMVRSA não pode vender um bem do Estado de que não é proprietária, e muito menos hipotecá-lo.
O que a Câmara pretende construir no espaço do actual parque é mais betão, mais casas, quando no Algarve estão 50 mil por vender neste momento.
É, diz a resposta para alívio "da situação financeira". Essa é que é a verdade, dado que o Parque de Campismo, avaliado pela Câmara em 38 milhões de euros (está nas contas da câmara), foi já hipotecado em 2009 em 13.500.000,00 ao Banco Comercial Português para garantir o empréstimo feito por este banco à câmara. Em 2011 a hipoteca foi "reforçada" em mais 10.900.000,00 milhões.
Estimular a economia?, como?, criação de empregos?, parece tudo conversa. Para onde iria o tal novo Parque de Campismo? Se calhar para um local longe que afastava os campistas de comprar no comércio local e de frequentarem a restauração.
E assim andamos...


4 comentários:

  1. A verdade é como o azeite ...

    Demorou mais anos do que eu teria gostado para que os cidadãos eleitores deste concelho tivessem começado a compreender o verdadeiro embuste da gestão autárquica do Luís Gomes. Com o fim do dinheiro fácil, à custa de empréstimos e vendas de património ruinosas, deixaram de se poder comprar favores e silêncios.

    O melhor barómetro do que estou a dizer é a postura de subserviência contida que agora os apresentadores do célebre programa BOCA NO TROMBONE criado na segunda metade do último mandato do A Murta para servir de tribuna de ataque político e pessoal ao então presidente de câmara e para auto-promoção do actual, com a cumplicidade militante do PCP.

    Embora só a espaços tenha paciência para ouvir os dislates verbais do Mendes e a pseudo-independência intelectual do jornalista (?) Sérgio, este último Sábado deliciei-me quando ouvi:
    - O Mendes a dizer, e cito, que o Murta até nem era mau o problema era a merda que o rodeava;
    - Para logo a seguir ouvir o som distorcido e quase inaudível de alguém que foi à antena precisamente a defender o A Murta;
    - Os desafios lançados pelos apresentadores aos críticos que não dão a cara;
    - Até que surgiram dois telefonemas críticos sob a actual gestão do município, um mais do que outro;
    - A cereja foi colocada por um habitual ouvinte que intervém sempre em defesa do Deus LG em resposta a um ouvinte (Castela taxista) que criticou entre outras coisas a falta de reparação do enorme buraco existente na Av Ciudad de la Playa (EN 122), imputando a responsabilidade ao Governo por causa das portagens na Via do Infante que obrigava os pesados agora a circular por ali (sic).

    São sinais ténues, mas são sinais de que os silêncios já não se conseguem comprar e que a desculpa da crise, embora seja boa, não está a ser suficiente para enganar todos.

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  2. A População já vai dando sinais de descontamento e acordando do efeito hipnótico Luis Gomes,o Qual não dá a cara, viaja a a cuba constantemente sem se saber com objecto e com que dinheiro,não tem argumentação em assembleia municipal,não responde ás perguntas formuladas pelos deputados Municipais do PS(luis Fernandes)relativamente a presumiveis ilegalidades cometidas na gestão do património e outros,na verdade quem sai em defesa deste e porque a sua familia está TODA E COMPLETAMENTE EMPERGADA NA CÂMARA já sabemos quem é pois ele também usufrui,mais acrescento que se eu tivesse um BMW e fosse a uma casa de pneus para muda-los teria que ter já que não houve 25 abril,1 Maio nem 13 Maio,paciencia e não mudar JANTES E PENEUS, pois para uma viatura destas se 4 peneus são 800€ tudo com jantes estará pelos 5000€.

    Osvaldo Fernando R f Azul

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  3. Resalvo´: Empregada e pneus.

    Obrigado

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  4. A técnica utilizada pelo sr. eng. Luís Gomes, repetir uma mentira muitas vezes até parecer que é verdade.
    A câmara não pode vender os terrenos do Parque de Campismo, porque nas condições de cedência pelo Governo em 1957, diz que a cedência definitiva desses terrenos destina-se entre outros usos, para o Parque de Campismo de Monte Gordo e conclui dizendo que se lhe for dado uso diferente, volta para o Estado.
    Os autarcas estão subordinados a terem uma conduta de pessoas de bem e isso não se está a verificar com os autarcas da câmara de Vila Real de Santo António.
    As dificuldades da câmara resolvem-se com um plano de saneamento feito de forma séria e realista, não é andar a vender ao desbarato o que não pode ser vendido, pois isso pode ter consequências para os responsáveis por tais iniciativas.
    A Democracia não é receber o voto e depois fazer tudo o que se entende sem ouvir ninguém ao arrepio do quadro legal e das regras democráticas.

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