Salgadinhas, como era conhecida noutros tempos esta zona do rio.
A carta que se divulga foi entregue no Jornal do Algarve com pedido de publicação e não teve resposta nem foi publicada. O JA lá terá as suas razões, e nós as nossas e por isso a divulgamos por considerarmos que tem importância o seu conhecimento.
A CARTA FOI PUBLICADA HOJE, DIA 6 DE JUNHO, NO JORNAL DO ALGARVE. MAIS VALE TARDE DO QUE NUNCA.
Vila Real de Santo António,
20 de Maio de 2013
Ex.mo Senhor Director do
Jornal do Algarve
O
movimento AMA (Amigos da Mata e do Ambiente) vem solicitar a V. Ex.ª a
publicação no Jornal do Algarve, do texto que se segue e que tem como objectivo
esclarecer os leitores sobre a real situação das parcelas de terreno onde está
incluído o Parque de Campismo de Monte Gordo.
Segue o texto:
Na
edição de 16 de Maio de 2013 do Jornal do Algarve de que V. Ex.ª é director, o
Sr. Presidente da autarquia de Vila Real de Santo António afirma na última
coluna da página 14 o seguinte:
“Nestes
quase 8 anos temos vindo a encontrar soluções para matérias que há décadas
careciam de resolução” sublinhou Luís Gomes, acrescentando ainda, como exemplo,
o plano de pormenor para o Parque de Campismo de Monte Gordo, que “permitirá
reconfigurar aquela zona para uma nova área turística”.
Entre
as soluções que o Sr. Presidente diz terem vindo a encontrar, para matérias que
há décadas careciam de resolução, encontra-se a da tomada de posse por
usucapião, das parcelas de terreno que incluem o Parque de Campismo de Monte
Gordo.Acontece que estas parcelas de terreno foram cedidas pelo Estado, mas
condicionadas.Uma delas, a segunda, das duas referidas no Decreto-Lei n.º
41311, publicado no Diário do Governo, 1.ª série – Número 227, de 8 de Outubro
de 1957, foi, de acordo com o Art.º 2.º do referido Decreto-Lei, cedida para a expansão
urbanística da povoação de Monte Gordo, designadamente a construção de
moradias, arruamentos, mercado, parque de jogos e de campismo.Mas se a estas
parcelas for dada aplicação diversa daquela a que se destinam, voltam à posse
do Estado É o que garante o Art.º 3.º do Decreto-Lei n.º 41311 acima referido,
ao consignar que “a cessão das referidas parcelas ficará sem efeito desde que
às mesmas seja dada aplicação diversa daquela a que se destinam”.Uma outra
parcela foi cedida em 1974, e destinada ao alargamento do Parque de Campismo.Tendo
ainda em consideração que o Decreto-Lei n.º 280/2007 de 7 de Agosto, que corporiza
a reforma do regime do património imobiliário público, consigna no seu Art.º
19.º (Imprescritibilidade) que “os imóveis do domínio público não são
susceptíveis de aquisição por usucapião”, conclui-se, que a tomada de posse por
usucapião, das referidas parcelas, é manifestamente ilegal.
Como
ilegal é qualquer plano de pormenor que envolva aquela área, e que não respeite
as condicionantes impostas na cedência das parcelas referidas.E porque assim é,
o movimento AMA (Amigos da Mata e do Ambiente), decidiu apresentar queixa ao
Ex.mº Sr. Procurador da República Adjunto ao Tribunal Judicial de Vila Real de
Santo António, visando a anulação da tomada de posse por usucapião, das
referidas parcelas de terreno.Demos também conhecimento ao Ex.mo Sr. Director
Geral da Direcção Geral de Finanças e Tesouro do Ministério das Finanças,
entidade responsável pela gestão do património do Estado, requerendo o
procedimento adequado que o assunto merece.
Juntamos
os seguintes documentos:
1
– Decreto-Lei n.º 41311.
2
– Página do Diário da República, 1.ª série – N.º 151 de 7 de Agosto de 2007,
que contém o Artigo 19.º do Decreto-Lei 280/2007.
Com
os agradecimentos dos AMA,
Enviem essa informação para varias pessoas de todo o Algarve ligadas à comunicação social para envergonhar este cavalheiro da maçonaria que transformou o Jornal do Algarve numa mera bro(ch)ura das edições Povo Livre . Recomendo por exemplo que avisem não só alguns dos seus colunistas habituais como o Carlos Albino como muitos dos opinion makers do grupo do Fernando Cabrita e não esquecer da Conceição Branco pela parte que me toca vou enviar para outros colegas meus de jornalismo em que um deles que é professor na faculdade já me garantiu que vai usar "o caso" como case study para futuros jornalistas , vai ser importante começar ja a construir a memória futura daquilo que foram os tempos que hoje vivemos. P€LA COMUNICACAO SOCIAL IND€P€ND€NT€.
ResponderEliminar