¿Deficit:
Despesismo ou Investimento?
Faz
hoje (dia 22 de Maio) oitenta e um anos e quinze dias que resido em Vila Real
de Santo António. Neste curto/longo espaço de tempo conheci dezasseis
governantes locais. Iniciei com o José Vítor Adragão e espero ainda conhecer
aquele/aquela que sairá das urnas em Outubro próximo. Revelo-vos uma coisa que
atesta que não sou um cidadão exemplar: Nunca votei! Fi-lo por preguiça e
indolência, mas também e principalmente por ter acumulado uma grande dose de
descrença ao longo de todos estes anos. A demagogia e as promessas incumpridas
são o denominador comum das campanhas eleitorais. De todos - digo todos – os
que nos governaram depois do 25/IV, só gostei de um, que governou quatro anos e
não incumpriu o que prometeu, porque nada prometeu. Ainda hoje é criticado “por
nada ter feito”. No quadriénio que ele governou, pagou dividas herdadas e
amealhou para poderem voltar esbanjar. Governou com sobriedade, moderação e
honestidade… assim todos o tivessem feito!
Hoje,
Autarquia e a “sua prima” SGU devem, - segundo o PS -, cento e sessenta milhões
e se o montante não for este, pouco importa… Sabemos que é muito e eu só sei
que o meu neto (o único a residir no concelho) deve seis mil euros (150
milhões a dividir por 25 mil habitantes).
A
este enorme “buraco” já ouvi chamar-lhe “consequência da crise internacional” e
ultimamente “investimento”. Mas a etiqueta pouco importa.
Nesta
pr´-campanha,
ainda não ouvi nenhum dos candidatos, concorrentes à liderança da Autarquia, dizer
com claridade como pensa equilibrar as contas municipais no seu mandato. E não
basta dizerem-me «…terá como objectivo
prioritário equilibrar as contas…». Isto sabemos nós… “de boas
intenções está o inferno cheio”!
Prometo-vos:
«Se um dos candidatos me explicar com claridade como “vai arrumar a casa”, eu
VOTAREI NELE/NELA!
Entretanto,
perante a “surdez” dos nossos governantes locais, reiniciaram a remarcação dos
lugares de estacionamento, mantendo todos aqueles que infringem CLARAMENTE o
que está previsto no Código da Estrada. Muitas destas situações (viaturas
estacionadas junto às esquinas – a menos de cinco metros) causam problemas para
as viaturas em circulação que querem virar 90º à direita ou à esquerda.
Resta-nos
a esperança que as entidades a quem compete fazer cumprir a Lei, actuem com
firmeza, demonstrando mais uma vez que não se deixam subjugar pelo poder
politico.
Aproveito
para felicitar todas as forças públicas locais que foram merecidamente
homenageadas no passado dia 13 de Maio (Dia da Cidade).
21
de Maio de 2017
Luigi Rolla