15 setembro 2011

DESTRUIR E DEPOIS PENSAR

O PSD do Algarve vai debater "o ordenamento do território e das cidades: recursos para a recuperação económica do Algarve".
Confesso que fico curioso à espera das conclusões, não por a conferência ser do PSD, podia ser um outro, mas depois de tantas conferências, encontros e congressos olhamos à nossa volta e não percebemos afinal para que serviram.
O que constatamos é que a nível económico se regrediu nas pescas, na agricultura, na indústria, estamos mais endividados e pobres, o turismo ainda é o que mexe apesar de tanto mal lhe terem feito. Que recursos então para recuperar o Algarve?
Em relação ao ordenamento do território e das cidades dá vontade de rir caso o assunto não fosse grave. Na maior parte dos casos o ordenamento virou caos e negócio, prédios sobre prédios, frequentemente feios, sem nada a ver com a região, perdendo-se identidade, amontoando-se os carros por falta de planeamento estimativo para o parqueamento necessário, sem zonas verdes ou equipamentos sociais perdoados aos construtores e o mais que se sabe. E agora?, como vão reordenar a confusão.
Ainda hoje lendo os jornais do dia damos com notícias que demonstram que não aprendemos nem queremos com os erros. Exemplos: A Câmara de Almada decidiu construir um bairro social nas Terras da Costa, área de mais de 200 hectares considerados dos melhores solos agrícolas do país; A Liga de Protecção da Natureza e a Quercus denunciam a Câmara de Oeiras por andar a abater árvores desnecessariamente; a Câmara da Amadora vai criar estacionamentos no lugar onde está uma horta. Conferências, congressos, ordenamento?, para quê?
Ficamos também a saber que o novo governo vai fundir organismos e criar uma mega-agência para a água e o ambiente. Será que vai melhorar alguma coisa num país que até quer privatizar a água?
O próximo governo chega e "desfunde" a mega-agência etc. e tal. E assim andamos, como a Penépole, fazendo e desfazendo o tapete à espera de Ulisses. É uma evidência que não temos um plano nacional, uma ideia concreta do que se pretende para o país, seja no ambiente seja na economia ou na educação.

2 comentários:

  1. Após os últimos 25 anos o que verificamos, quer a nível nacional quer local é que os políticos do nosso rectângulo destruíram o país . Foram todos responsáveis (Cavaco, Guterres, Barroso, Santana Lopes e Sócrates ), assim como os seus ministros que disseram sempre amen . Se a sociedade civil nada fizer vão acabar com o resto ... Este debate que aqui se anuncia não é mais que a tentativa de construir em cima da praia . Espero estar enganado mas não vão debater a criação de mais espaços verdes para as cidades nem mais qualidade de vida para os portugueses .

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  2. Os estudos destes iluminados assessorados por um pardeleco sabichão é continuar a pilhagem sobre o que é públicos para entregar aos amigalhaços, recebendo em troca a sua comissão para o partido e para si.
    Isto tem sido a politica urbanística em vigor há décadas no Algarve.
    Basta de pilhagem, basta de corrupção.

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