27 março 2014

CARTA

Oliveira com 2470 anos.

Exmos Srs
Luís Filipe Soromenho Gomes - Pres. da Câmara Municipal
João Filipe de Brito Sol Pereira – Vereador
 Caros Srs
 É do nosso conhecimento que o executivo tenciona abater total ou parcialmente diversas árvores do Jardim Municipal Sul frente às Varandas do Guadiana.
A causa para tal procedimento consta de uma reclamação de dois (?) moradores do dito edifício que desejam ver dos seus apartamentos o rio Guadiana.
Sem querer ferir tal aspiração, que se compreende, o mesmo certamente desejaria a grande maioria dos vila-realenses, poder usufruir de uma vista para o Guadiana. As  árvores não são culpadas de deixarem construir nas suas costas altos edifícios na zona ribeira que ficam sem a vista para o rio.
Não nos parece correcto tal abate, pois mesmo com folhagem pelo meio estes moradores continuam com uma vista privilegiada, a somar à contemplação de uma das mais belas e ajardinadas avenidas do Algarve.
Apelamos ao V. bom senso para não seja executado qualquer abate de árvores sob tal pretexto, e que continuem os esforços para melhorar a qualidade dos nossos jardins.
Hoje é o rio, amanhã poderão pedir o abate da mata para se poder ver o mar. Será negativo abrir tal precedente.

Com os nossos cumprimentos

Aníbal Martins
Feliciano Gutierres
António Coelho
António Rombo

7 comentários:

  1. Caros Companheiros, creio que estão errados na vossa analise, o objectivo principal do derrube das arvores não é o mencionado, mas sim o desbravar do terreno para a instalação dos restaurantess para os amigos, que já teve concurso sem resultado algum, mas que na verdade se insere na politica da venda do concelho a retalho e aos amigos, deve ser para ajudar os amiguinhos do "Sem Escamas", e a Associação Naval.
    Cuidado e olho aberto, que este nosso presidente pensa que agora com o protocolo com o IPTM, pode fazer tudo.
    Já agora, porque não denunciar a quem de direito esta intenção de derrube das arvores, nomeadamente á APA que têm jurisdição até 50 m da margem.

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  2. Esses senhores espanhóis ou outros que querem ver melhor o rio, basta descer as escadas, atravessar a avenida e têm o rio aos seus pés.
    O que me parece muito suspeito, são os argumentos que devem ter utilizado junto do Luís Gomes, que tenha levado este a admitir a hipótese de satisfazer tão absurdo e escabroso desejo.

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  3. Há cortes que têm que ser feitos de vez em quando, como vejo nalgumas árvores junto ao tribunal, se for esse o caso, tudo bem.

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  4. O autor do comentário de 2 de Abril de 2014 às 20:25, refere os cortes que têm que ser feitos às árvores e dá como exemplo as que se encontram junto ao tribunal.
    De facto estas foram apenas podadas, operação normal se quisermos ter árvores bem tratadas.
    Do que depreendo da notícia dada neste blogue, o que se pretende é deitar abaixo as árvores em frente às Varandas do Guadiana a pedido de dois moradores que pretendem ver o rio sem o obstáculo das árvores.
    Árvores que já lá existiam quando os apartamentos foram construídos.
    Espero que este pedido não seja concretizado.

    Espero que este pedido não seja concretizado.

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  5. nao me digam que a vista para o mar foi deturpada entao o preco do aparatamento baixaria?isto ja e demais..

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  6. Além de um crime ambiental e urbanístico, se fosse concretizado tal crime, levantaria fortes suspeitas acerca dos argumentos utilizados pelos moradores junto do presidente da câmara, pois nada se faz nesta autarquia sem a sua autorização.
    Infelizmente algumas técnicas da câmara já sentiram o incómodo e espero que fique por aí, acerca de alguns processos e inquéritos judiciais relativos a deferimentos e aprovações de projectos urbanísticos no concelho de vila real de santo antónio.
    Uns mandam e aqueles que foram levados a obedecer, podem sofrer graves consequências, pois a idas ao tribunal e a constituição de arguidos, não deve ser para irem a algum cruzeiro à América do sul.
    É legítimo desobedecer a ordens ilegítimas e violadoras da Lei e dos regulamentos e procedimentos urbanísticos.

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  7. No comentário de 5 de Abril de 2014 às 22:36 o comentador refere que, e transcrevo: "É legítimo desobedecer a ordens ilegítimas e violadoras da Lei e dos regulamentos urbanísticos".
    Tem toda a razão, mas o que afirma só é válido em Estados de Direito, não sendo válido no "Estado a que isto chegou!".

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